20 de setembro de 2013

O que faz de ti mais que tudo ?

Deixa-me que te escreva o corpo como me escreves nele. Deixa-me que te diga, tens valido bem a pena. Pergunto-me se sabes o quanto vales ou se o vales sem saber, se o valerias se soubesses. Talvez a magia te passe ao lado ou só sejas mágica para mim.Talvez sejas. Talvez te exagere. mas era capaz de jurar que tinhas mais de três metros de altura. Pelo menos ainda hoje de manhã. Ou já era tarde ? Não mo lembro, mas lembro-te de mim. Lembro-me que ninguém te fazia sombra e que por isso só podias ser gigante, lembro-me que ninguém te olhava nos olhos e que por isso não eras daqui. Eras de outro mundo para onde tantas vezes tentei que me levasses. Nesse abraço tão teu que roubo, roubei. Ainda o tenho. No meu bolso, à tua maneira. Como se ainda corresse para ti a noite inteira, como se pudesse desejar mais alguém. Baralhas-me as ideias mas não estás aqui. Quero que estejas. Que me queimes a roupa e me rasgues a pele. Como uma ferida que não saras. Como uma tatuagem.