Lembro-me de ser pequeno. Lembro-me de medir não mais que uma cadeira, menos que um muro. Lembro-me dos sonhos serem bolas e os objectivos balizas. Lembro-me de rasgar os joelhos e o sorriso, em tardes que não acabavam, tardes que não choviam. Lembro-me de achar as raparigas um bicho estranho, uma espécie confusa, ideal à distância. Nunca me revi em casamentos. Em cartas de amor.
Já não sou pequeno. Contigo, e por ti, eu cresci.
Tu, e só tu, mudaste os músculos e a cara, puxaste-me o cabelo em tardes em que os corpos queimaram as roupas, e nos perdemos numa eterna sensualidade. Como se eu pudesse viver sem o teu corpo. O único corpo que tive.
It is all about you.
Desde sempre.
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