15 de março de 2013

Letter XLV

Deixo que as semanas passem neste torpor que me provocas. Adormeces-me os sentidos. Deixo-me embalar por esta música que é o teu corpo, neste ritmo que faz viver. Deixo-me embalar por este ritmo que acelera mas nos magnetiza e atrai. Que nos faz girar juntos, nas adversidades, nos dias de sol. Que as tempestades nunca sejam mais ferozes que a minha vontade de te proteger. Com um instinto que não conheci antes. Que me atira na tua direcção, a uma velocidade crescentemente constante. Esta vontade de te ver mais um dia, diariamente. Esta vontade de saber de ti, saber de nós. És a melhor coisa que me aconteceu. Não pelo cliché mas porque sim. porque tu não te justificas, tu não te explicas. Pessoas como tu não se entendem. Por seres uma edição limitada, tão limitada que se torna impossível para mim compreender a sorte que tenho. Talvez nunca te consiga dar o real valor que tu mereces. Não por não viver consciente disso mas por a minha condição humana não mo permitir. Eu devo-te mais do que existo, sou-te mais do que admito. Porque tu és, e sempre foste, a melhor metade de mim.

Há uma coisa que preciso que saibas. Adoro-te.

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