14 de novembro de 2012

Letter XXIV

Deixei de contar os anos pelos dias, horas e minutos. Deixei de contar pelo sol que vem e vai ou as estações que mudam, invariavelmente. Aprendi a contas os tempos por ti. Por sorrisos. Pelos dias que ainda tenho para tratar dos teus presentes de Natal, pelas noites que ainda faltam até te ver, e te saber aqui. Aprendi a contar o tempo pelos teus olhos, por brilhos e cores, por caminhos tão teus que muitas vezes não soube voltar. Aprendi, ensinaste-me a contar-te nas estrelas, a saber-te no mar. Aprendi que muito pode ser pouco em ti, e que tão pouco pode ser mais que o suficiente. Porque uma palavra tua escreveria livros, em suspiros e murmúrios que o vento escondeu de mim. O meu próprio canto de sereia, que me suga e afoga, neste amor que não passa. Conta-me, conta-me por muito tempo. Nas estrelas e nas cores, porque nelas existes e em ti respiro. Hoje e sempre.



Adoro-te

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